VACINAS E VATICÍNIOS - PRESENTE E FUTURO DA MÃE TERRA.
- peixotonelson
- 4 de set. de 2021
- 3 min de leitura

A mitologia romana deu um nome para a força divina que "abria a boca do recém-nascido para que ele pudesse dar o primeiro grito, o primeiro choro". Assim, encontramos a raiz da experiência humana de dizer, a partir do presente , o que se pode deduzir para o futuro. "Estou vivo e vou viver! Cuidem de mim!
Vaticínio e vaticano têm afinidades e sintonia entre si, mas em termos etimológicos, a palavra "vacina" não tem muito a ver, embora sobre quem se vacina prediz-se que não vai ficar menos doente no futuro. As três palavras têm a ver com o futuro da Terra, da fé e da saúde de todos. Vaticano vem do nome de um dos montes de Roma, de onde, hoje vem a palavra de Esperança do futuro da Terra, assim como Deus a sonhou para todos.
A criança que nasce vaticina ao chorar que a vida aconteceu e vai ter futuro se houver cuidado e proteção com o futuro da Mãe Terra. Mãe que chora se o modelo predatório de desenvolvimento econômico persistir, mesmo depois do Coronavírus e das vacinações em massa.
Entretanto, o verbo vacinar vem de "vaca leiteira” que protegia quem as ordenhavam e não adoeciam de VAríola. Daí o derivativo de VACINA. Esse fato gerou curiosidade e foi o estopim dos estudos de imunização contra doenças que pareciam imbatíveis.

Vaticinar era a ação de adivinhos que supunham algo que aconteceria com base na análise da realidade atual. Canium, canis e cinismo aplicam-se ao latir de cães que de tanto ladrar, como alerta ao perigo, a caravana passava na indiferença e à distância.
Aplica-se à vacina, mas toda a densidade etimológica dessas palavras nos desvendam a realidade do pensamento atual no mundo e no Brasil das vítimas da COVID-19. O Brasil chorou muito chora seus mortos, as crianças deixaram de conviver em grupos de escola, alguns políticos de A e de B politizaram tudo com "fakenews", meias verdades, capciosas manchetes e um verdadeiro grito entre surdos. Enquanto isso, sou testemunha ocular que avança a vacinação em Manaus, vaticinando saúde e zerando baixas de mortes.
Estou tão próximo do PMI (Parque Municipal do Idoso), começando a aplicação da vacina para garotos e garotas que entram na juventude. Eles precisam de força e saúde para garantir a sobrevivência da sociedade na produção interdependente e no cuidado individual. Brinca-se que nessa faixa abaixo de 19 anos, devia-se aproveitar para solicitar dos jovens, os indicadores de matrícula e frequência escolar. No PMI (Parque Municipal do Idoso), multidões para lá se dirigiram. Fiquei sonhando com o barulho que os idosos tinham que fazer ao acolher essa gente nova. Mas houve silêncio. Oportunidade de publicar a importância de envelhecer com saúde, de cada jovem ter seu plano de estudos e capacitação profissional, de investimento pessoal de si mesmo como maior capital de empreendimento, desenvolvimento pessoal e cultura do bom trato.
Fala-se de comunicação não violenta (CNV), entendendo que não é ser bonzinho, e sim ser real no relato dos fatos sem julgar ou elaborar teatros de conspiração. É aprender a ouvir as contradições, a falar a verdade e sustentar o desconforto sem se omitir no silêncio, que em nome da falsa harmonia esmorece-se ou culpa os outros.
O futuro profético dessa cultura do modo de ser "não violento" podemos predizer ou vaticinar. Está germinando mais velozmente quando deixo de julgar, mentir e ferir por crer que tudo está no binarismo do certo ou do errado, da exclusão completa de um ou de outro.
O caminho da conciliação está distante, pois exige a razão do coração e novas regras democráticas para a justiça social, visando uma sociedade de direitos iguais. Não aos privilégios e ao falso merecimento para quem tem a partida do sucesso sempre na dianteira!
Vacinados contra a COVID-19, vaticinamos maiores possibilidades de estabelecer novos parâmetros de redução da pobreza e salvar a nossa Terra Comum, a começar pela nossa Querida Amazônia.*
* Titulo da Exortação apostólica pós-sinodal do Papa Francisco.











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