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PÓ, PEDRA, PÓLEN - PRESENTES SÃO OS NOSSOS AMIGOS EM CRISTO

  • Foto do escritor: peixotonelson
    peixotonelson
  • 6 de nov. de 2021
  • 2 min de leitura

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"Tu és pó". "Tu és pedra". Duas afirmações em contextos diferentes que podem alimentar nossa espiritualidade, desde o primeiro dia de novembro. Porque tu és pó e ao pó hás de voltar” (Gn 3, 19). “Então o Senhor Deus formou o ser humano com o pó do solo, soprou-lhe nas narinas o alento da vida, e ele tornou-se um ser vivente” (Gn 2, 7). A síntese da vida humana está aqui condensada como revelação divina, segundo a pedagogia dos autores bíblicos.

Na boca de Jesus, feito carne, pelo sopro do Espírito no ventre de Maria, tem-se a nova criação e a figura complementar que Ele mesmo pronunciou sobre Simão e a comunidade, na origem dos seguidores do seu Caminho. Mostrou o destino, a base sólida que nossa adesão a Jesus nos faz ser "pedras vivas" para a construção do Reino.

Em Mt 16,13-19, lemos a vocação de todos nós, quando professamos a fé na pessoa de Jesus, após a Ressurreição, quando amedrontados pela morte, pelas diferenças e ameaças de divisão: “…tu é Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la”. A saudade de Jesus, após pender morto na cruz, estava prestes a virar o pó do esquecimento. Mateus não deixa que isso aconteça, e vai recordar o que Jesus revelara para manter a vida presa ao seu coração e perseverante no Caminho, na Verdade e na Vida. Ele ressuscitou dos mortos e nós O seguiremos.

Não existe o dualismo excludente em termos absolutos: "Ser pó ou ser pedra", diríamos assim se fôssemos incapazes de ver os nossos dias, antes de morrer, pelo olhar do Espírito vivificador de Jesus, Morto e Ressuscitado. Somos pó, diria a sabedoria que sintetiza a condição humana precária e finita com a morte corporal. Somos pedra porque, enquanto corpo, construímos com a matéria criada a história com aqueles que vivemos a amizade, criamos laços e consolidamos a esperança na vida eterna.

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Pedro e pedra, pó, poeira e pólen de flores são apenas lados complementares de uma vida alicerçada em Deus, mesmo sentindo as ausências de muitos de nossa vista. Cremos, que, após a falência bioquímica do nosso corpo, nossos santos sustentam a fé da Comunidade Igreja.

Pedras vivas, memória e saudade, gestos que marcaram nossas histórias! Esses são mais do que pó, são areias cimentadas por Deus Pai para todo e sempre. Memória e gratidão pelos vivos e pelos "mortos", em cada Missa, a Memória Viva de Jesus. Obs. Essa reflexão nasceu de uma postagem de um amigo que escreveu da experiência com seus avós, nesses termos: "Um dia, minha vó cega, pediu para me aproximar dela. Curvei-me e ela me puxou para bem pertinho e sussurrou nos meus ouvidos: "Afonso, eu nasci para virar pedra".

(NP - Novembro de 2021)






 
 
 

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