PROFECIAS PEDAGÓGICAS DE NATUREZA ANIMAL
- peixotonelson
- 24 de set. de 2022
- 3 min de leitura

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Ou podemos intitular "Traquinagens de Infância com Potencial Educativo", extraídas de uma longa conversa penitente com o menino, apelidado de Tonico dos Morcegos.
O verbo "malinar" cabe, mais ou menos, às travessuras que meninos , atraídos pelo movimento dos bichos, quando ensaiavam aprender a lidar e observar a vida deles. Molecada esperta como o Tonico dos “Morcegos", mas não tem relação com o "batman". Arranjei esse acréscimo , pelo potencial que o morcego tem de jogar sementes e de polinizar os jardins com a alegria do Evangelho que encontramos em histórias e suas fecundas lições de vida.
Os bichos têm um lado prioritário na vida do Tonico. E acho até, que esse moleque travesso serve de paradigma para um desenvolvimento humano sadio, enquanto criança e enquanto velho. Afinal , era amigo dos bichos. Somente os passarinhos e os peixes podem ter queixas dele, tiradas as ações tristes com a turma de moleques.
Os estudos acerca do desenvolvimento da Primeira Infância, em pesquisas de Harvard, apontam o livro da natureza como o arsenal maravilhoso como estímulo para a plasticidade e a formação das sinapses neuronais, formação de redes que atuam na segurança, autonomia e aprendizagem do cuidado.
Examinando a Infância do Tonico dos Morcegos e de muitos de nós, concordamos, mesmo que tenha acontecido por curiosidade , algumas ações predatórias ou desrespeitosas. Tais ações malévolas com os bichos aconteciam como estágio de percepção, por curiosidade ou agrupamento de boiada. Cito algumas que o Tonico dos Morcegos fazia e eu também experimentei em alguma medida. Mas ambos estamos arrependidos. Cortar os bigodes do gato, era uma "diversão" triste. O animalzinho perdia o prumo, a direção e tinha dificuldade para comer. Que barbaridade! Sabe lá com quem se aprendeu ou como se descobriu isso!
Em tempos de São João, dar um rabo extra para o gato e acrescentar uma corda com bombinhas acesas para estourar e ver o gato correr em desespero. Terrorismo no mundo dos bichos!
E com os sapos? Nem descrevo o que acontecia para evitar o espanto dos amigos dos animais.
Em contrapartida, falemos dos ratinhos da índia, felizes correndo entre as crianças e nas cartolas dos mágicos. Dos coelhinhos que, tendo crianças em roda, escolhiam a criança mais amável e cuidadosa para brincar. Lembramos do curativo nas asas dos passarinhos para voltar a voar, ou socorrido, quando se grudava no leite da jaca ou não conseguia mais abrir o bico.

Sim, flores, bichos, sementes, frutinhas de abacaxi atrofiado, borboletas, cigarras e flores serviam para contar as pétalas para desenvolver a matemática. O mesmo dos jabutis de 12 ou 13 placas na carapaça. Os gafanhotos eram predadores das flores e daí as lições de controle de pragas. Esses cortadores das flores, ensinavam a perdoar.
O Tonico dos Morcegos e o Sininho dos Calangos e sua galera ganhavam outras qualificações na rua onde moravam. Tinha o Quitude das varas verdes, o Ziriguidum da viola, o Fatão das Orquídeas, o Noli do Fórum, o Rubão do veneno animal, o Sansão das Colunas Sem Rachadura, o Kiko e o Tinho. Esses dois últimos já estão na arquibancada do Noé com as crianças e com Jesus.
Muito dessas memórias mostram o que aconteceu por amor aos bichos que nos ensinaram a cuidar de gente e a tratar a todos com amor eterno! Abandonar a "malinação" foi a fase da vida que enterramos no passado, para nunca mais voltar entre a garotada.
Até achamos que ficou registrado no Evangelho da Alegria edo Cuidado, o final do conselhos de Jesus: "deixai vir a mim as criancinhas" e o bichos de criação que nos ensinam a amar, porque deles é o Reino de Deus e a preservação da Terra. "Quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos, como a galinha acolhe os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vós não o aceitastes (MT. 23, 37)
O livro aberto da natureza é a maior linguagem do amor que Deus tem por nós! Saber ler e escrever esse amor para construir seu Reino reconciliado, até que o escorpião selvagem e a criancinha de colo brinquem tranquilos.











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