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PESO NA DOR E LEVEZA NA AMIZADE - 75 ANOS DE QUEM BRILHA SEMPRE.

  • Foto do escritor: peixotonelson
    peixotonelson
  • 31 de ago. de 2023
  • 4 min de leitura

Completaram-se 25 anos da morte sofrida de D. JACSON, que, na foto, se enconrtra ao lado direito.


Nome completo:

JACSON DAMASCENO RODRIGUES, que conviveu em familia e teve muitos amigos que não o esquecem. Encontrando Jesus como sua única "pedra preciosa", que repartiu com todos que amou.


Partida precoce e dolorida para nós, privados de sua presença e missão na "Igreja Militante", da Arquidiocese de Manaus, ou onde Deus o posicionaria como bispo servidor, próximo aos pobres, despojado das honras clericais, devotado mais ao anúncio do Reino do que da institucionalização da Igreja, parte dela resistente para a sinodalidade recuperada pelo Papa Francisco.

Em Coari, ou até como cardeal da Amazônia, acho que não. Mas pode ser que sim, pelo que sei do seu estilo alegre, falante, generoso e decidido, pelas mesmas razões de servir, quando aceitou ser ordenado padre, no começo da gestão do Papa João Paulo II e ser ordenado bispo , nos últimos anos do esfriamento doutrinário das Comunidades Eclesiais de Base.

FAÇAMOS MEMÓRIA DE SUA SERVIDORA VIDA HUMANA E DA ALEGRIA DE VIVER O EVANGELHO!


Como amigo do Jacson, por mais de 33 anos, posso garantir , para os que se tornaram igreja depois dele, que ele foi talentoso, um artífice de novas iniciativas pastorais. Talvez tenha se debatido com a tensão, entre ser mais fiel à instituição Igreja como Religião, marginalizando o Evangelho versus o seguimento de Jesus, andando pelos caminhos da Galileia e se comunicando com proximidade ao povo. Pois foi numa dessas andanças que sua dor de cabeça implacável deu sinal de algo sério que o levou à oblação de sua vida à Igreja, ou melhor, ao Povo de Deus, amado e visto todo ministerial a partir do batismo. Tudo se sabe que optou viver seu episcopado sob o lema "EVANGELIZAR OS POBRES E SER POR ELES EVANGELIZADO".

"VEM COMIGO, VEM CAMINHAR NOS PASSOS DE JESUS!


Era estudioso e inquieto na busca da fidelidade a Jesus. Será que seria compreendido por rejeitar o senhorio das honras e ter escolhido estar com os mais frágeis da sociedade?

Teria sofrido calado para fazer essa opção, e gradativamente, teria calibrado suas posições por obediência, mas certamente teria sido um Bispo Profeta, do quilate do D. Pedro Casaldáliga, para a Igreja da Amazônia.

Um artista plástico, escultor em madeira e poeta. Escrevemos poemas na areia e contemplamos barcos cruzando o Lago de Coari.

Neste 1⁰ de Setembro de 2023 estaria completando 75 anos, mas já teria desfrutado, desde os 65 anos, a liderança do Papa Francisco, sendo este o grande testemunho do Evangelho e não da religião que *igualmente* foi o caminho traçado e andado intensamente por D. Jacson, nos 12 meses e 7 dias de serviço episcopal. Porém , viveu como padre por 18 anos, na modalidade criativa e animadora da fé entre os mais simples e pobres, construindo amizades inesquecíveis, pelos quais intercede em comunhão definitiva com Deus Pai.


O Dom Jacson, enquanto padre em Coari e Manaus, onde foi formador de novos missionários redentoristas, fundou a Casa "Copiosa Redenção" , no bairro chamado, na época , de "Planeta dos Macacos", encontrando por lá , gente valiosa, homens e mulheres com os quais dividia o seu ministério, antecedendo a sinodalidade que já combatia a *clericalização* como desvio histórico da igualdade entre irmãos, tão explícita na boca de Jesus e um pouco esquecida nas cartas de Paulo.

A leveza da fé, com humor, arte e gratidão, caracterizava seu proceder paroquial. Com a misericórdia aprendida com Jesus, tirava o peso das consciências, tal como fez Santo Afonso, que redescobrimos assim tardiamente. Não pregava o pecado e nem ameaçava a ira de Deus, nem falava de demônios como muito se vê na religião do Antigo Testamento. Anunciava entre os seminaristas e aos participantes de sua Paróquia , a alegria de servir e de anunciar Jesus na missa e fora dela.

Aprendeu e ensinou conjuntamente , lições de seguimento discipular do Mestre de Nazaré. Chamou-me para seguir com ele como formador de novos missionários, favorecendo *para* que eu também abrisse *uma* casa simples para morar com os seminaristas que faziam estudos filosóficos. A casa se chamou VIVA MEMÓRIA, e assim aconteceu, de janeiro de1987 a dezembro de 1991.

Este percurso de tempo está no livro (A Casa Viva Memória e a História de um Menino), escrito com depoimentos daqueles seminaristas que conviveram comigo e foram marcados pela grandeza humanitária do Jacson, desde pequenos. Estes são representados pelo menino que se chama José Erivelton.


Escolhemos o dia 1⁰ de Setembro, para o lançamento do livro, como data comemorativa de agradecimento pela vida, na terra e no céu, deste amigo Jacson, que completaria 75 anos. Celebraremos seu aniversário na mesa do altar da Eucaristia, dentro da Capela anexa ao Manaus Plaza Shopping, às 16 horas, neste 1º de setembro de 2023. PS. Com 75 anos, o D. JACSON já teria o direito de solicitar sua "aposentadoria" do episcopado e, se aceito pelo Papa Francisco, retomaria, sem o peso do ministério em assuntos canônicos e administrativos, a liberdade evangélica do compaheirismo daqueles irmãos presbíteros, dos amigos de caminhada, desfrutando de maior simplicidade de vida, juntando a todos , para celebrar o "bom combate" na mesa de eterna gratidão "eucarística", que o Pai de Jesus antecipou há 25 anos. (NP)

 
 
 

1 Comment


Daniel Almeida
Daniel Almeida
Sep 01, 2023

Nossa, esses relatos fazem a gente viajar no tempo. Dom Jackson foi mesmo um ser de luz.

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