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O PULO DA ONÇA, A DANÇA DA GARÇA E O VOO DA ARARA.

  • Foto do escritor: peixotonelson
    peixotonelson
  • 1 de abr. de 2023
  • 3 min de leitura

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Era noite de quinta-feira, último tempo de aula na Vila de Nazaré (1). Auditório cheio de gente cansada do dia quente, com muitos jovens barulhentos doidos para sair do colégio. E agora, José? Situação posta para eu me sair com uma fala sobre história da educação do município. A plateia estava como que comprimida pela natureza pintada nas paredes, entre onças, garças e araras. Precisava dar meus pulos de onça, mas sem usar as garras, para aquietar os jovens e prendê-los com as palavras acertadas e sintonizadas com seus projetos de vida. Alguns tinham olhos de encantamento e atração. Poucos com olhar de distraído e outros com ares de alegre bagunça. Meu intento era prepará-los para o dia seguinte, quando ouviriam a história do colégio contada pelos egressos com toda a emoção da saudade. Comecei do tijolo na cabeça e da latinha de areia. As crianças, jovens e os adultos traziam esse material da beira do rio até o local, onde se ergueria a escola. Tal era a fome e a sede de saber, que as "formigas" não paravam de subir o barranco e entregar os tijolos para os pedreiros. Cuidavam para não quebrar nenhum, do contrário iriam para outro voluntariado. Escola erguida aos pedaços, onde alunos já estavam sob a liderança de padres e irmãs, ensinando e aprendendo a viver com sabedoria e ousadia.

Na parede ao lado, a dança livre da garça sobre o rio era uma lição para recordar os primeiros tempos da chegada da Missão Redentorista, que está completando 80 anos de existência e 72 anos de atividades do colégio no ano de 2023.

Com a mesma idade que a minha, a prioridade desde a chegada da Missão Redentorista fora centrada na educação como a maior estratégia para o desenvolvimento cidadão da cidade. Era preciso imaginar que a dança da vida, ao som da sinfonia das águas, traria opções variadas de profissionalização. Uma base sólida de afeto e confiança, estima e valorização acontecia pela disciplina de treinamento para a vida que as Irmãs Adoradoras do Sangue de Cristo oportunizavam, com pleno apoio dos padres, todos propulsores da cidadania sem descanso. As meninas eram exercitadas para se apresentarem esbeltas e com postura adequada, eretas e conscientemente donas de si.

Um missionário dissera para uma das Irmãs do Colégio, admoestando com a seguinte assessoria que parecia jocosa. Dizia para as Irmãs cuidarem para que suas estudantes tivessem o perfil de elegância: "Vocês, Irmãs, façam que elas desçam e subam as escadas com um livro na cabeça (rs)".

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O futuro dos jovens, disse um dos presentes, parecer-se-á com o voo da arara azul planando no verão maduro da vida


Poeticamente. o azul do céu imprimiu a cor das araras na imensidão do tempo que estava por vir. E assim aconteceu.


No dia das vozes dos egressos das primeiras turmas, com clima para se ouvir as versões da história, percebeu-se que o futuro chegara porque tinha se aberto, há muitos anos, o sonho de desenvolvimento da cidade. Ali, estavam professores que tinham cumprido a missão de multiplicar o saber para as próximas gerações, técnicos de comunicação e de eletricidade, empresários, mulheres e homens de bem que estavam deixando seu legado de fé, solidariedade e de progresso na cidade.

Afinal, ali estava o velho palco de grandes peças de teatro, coral e de festas. Evocavam o tempo que hoje faz a todos gratos a convidar os jovens presentes a prosseguir nessa história de sucesso.

"Vamos remar mais 80 anos de fé e de desenvolvimento na cidade e na zona rural, anunciado a vida abundante para todos"!

(NP) (1) Cidade de Manacapuru, Minha primeira flor missionária.

 
 
 

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