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O MEDO DE PERDER UM AMIGO E O PRESENTE DE GANHAR MAIS TRÊS.

  • Foto do escritor: peixotonelson
    peixotonelson
  • 1 de jun. de 2024
  • 3 min de leitura
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Minha presença no meio de alguns amigos de vivência de rua, apreciadores de uma cachacinha, tornou-se uma relação cultivada por mim, através de histórias e piadas, que me faz bem. Importante também é ir falando do amor de Deus Pai para eles e valorizá-los com devoção. Esta vivência me tem trazido lembranças e histórias do passado. Veio-me à memória, de forma muito viva, uma história que se relacionava bem com a ultima Campanha da Fraternidade deste ano de 2024, O terma para recordar era Fraternidade e Amizade Social e nos lembrava que SOMOS TODOS IRMÃOS E IRMÃS”.


Pois bem! Já se passaram 38 anos e a história aconteceu entre dois amigos que se apoiavam, em busca da serenidade, tal como consta nos 12 passos do A.A (Alcoólicos Anônimos). A cidade era o Rio de Janeiro, no bairro de Santa Tereza, construído numa colina, com um transporte alternativo antigo que era um bondinho elétrico, que, na subida contemplava-se, entre curvas, subidas longas e descidas leves, o Rio de Janeiro, ao longe com toda a sua beleza exuberante.


Naquele tempo, havia gente que entrava e descia do bondinho para roubar objetos das pessoas que transitavam no morro para trabalhar ou para estudar. Os desocupados aproveitavam a leve distração dos passageiros para arrancar as bolsas e mochilas, ou tirar os relógios do pulso ou cordões do pescoço. Era fácil para eles pular para fora do bonde e sair correndo, pois o bonde trafegava em baixa velocidade.


Aconteceu que dois amigos, um morava no alto e o outro estava em tratamento contra a dependência química de álcool, do outro lado do morro. Os colegas de trabalho, a família e conhecidos fizeram uma cota. As casas de recuperação para dependência química era um fato raro, quase inexistente como tratamento público. Enfim o SUS, começou a existir somente, depois de dois anos da proclamação da Constituição de 1988.


Chegara um valor alto em dinheiro da campanha solidária, realizada para que o amigo, residente em Santa Tereza, efetuasse o pagamento da clínica. Aí começou o drama, vieram os medos e os preconceitos contra as pessoas pobres daquela região de mansões ricas e famosas do passado fluminense. Mesmo assim, a fidelidade da amizade não esfriou, embora os temores fossem de ser assaltado e ter o dinheiro roubado, o que acasionaria o corte do tratamento de recuperação do amigo.


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Era um dia de sábado, bem cedinho, contava-me o amigo, encarregado de levar o dinheiro do pagamento. Este acordou cedo, arrumou sua bolsa, pôs o dinheiro escondido no fundo da mochila, em parte secreta, e começou a descer o morro de Santa Tereza, a pé, prevendo uma hora e meia de boa caminhada, medrosa e veloz. Eis que, de repente, cai uma chuva forte inesperada, e sem vacilar ele foi para debaixo de uma árvore com a bolsa na cabeça. Naquele exato momento, ainda para complicar, aparece um trio de rapazes sujos, achegando-se da mesma mangueira e puxando conversa, olhando a bolsa e perguntando: "Aí tem algo para comer?.


Inesperadamente, um relâmpago com trovão pareceu balançar a mangueira, dando força nas pernas do trio que saiu assustado, em disparada, ladeira abaixo, indo na mesma direção de onde se chegaria à clínica. Aliviado do susto e da água da chuva, meu amigo pôs-se a descer temendo encontrar o trio de desocupados, perder a bolsa e o dinheiro junto.    


Molhado como estava, chega à porta da clínica, encontra o trio e entra em desespero. Um deles suplica que os socorra, o outro invente uma história para que conseguissem voltar ao tratamento do qual tinham fugido, na noite anterior. Estava para acontecer um final feliz, o cumprimento do propósito e muito mais.


O amigo que me contou esta história, disse que ganhou três niovos amigos. Falou que quando o portão da Clinica se abriu, ele começou a mentir dizendo que aqueles três eram seus velhos amigos e que estavam trazendo-os de volta para prossegir o tratamento, Pediu que não fossem punidos e expulsos porque estavam arrependidos da fuga.


Feliz por teu efetuado o pagamento do velho amigo, Sentiu uma alegria sem fim, inclusivep or ter intercedido pelos jovens. Finalizava assim o dia, trazendo o presente na alma por ter ajudado quem apareceu no caminho.  


 
 
 

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