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O IDOSO POR QUEM CHOREI E REZEI.

  • Foto do escritor: peixotonelson
    peixotonelson
  • 22 de out. de 2022
  • 2 min de leitura

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O dia 30 de setembro passou, sem o coração vibrar e a mente ofertar um sinal de amor aos idosos. Acho que era por causa da ansiedade com a aproximação das eleições do 1° turno. Mesmo assim, veio-me lembranças das primeiras percepções voltadas a atenção aos idosos, que é bem melhor chamar de idoso, porque "velhinho", pode soar por pena e deixar de lutar por seus direitos.

Nos meus primeiros dias de amor missionário, inserindo-me em um bairro pobre, andava muito a visitar as casas, conhecer as famílias e estar disponível para todos como novo amigo. Queria vinculação e dar significado a rotina, através de uma presença junto às famílias mais vulneráveis e vivenciar um ministério, fora do templo.


Com minha meta era de estabelecer relações afetivas e estar sempre de prontidão, encontrei um "velhinho", "adoentado" pela idade e bem fraquinho. Talvez, dizer "adoentado" pela idade não seja verdadeiro, porque velhice não é doença.


Pela segunda vez que o visitei, sugeri que a família o levasse para o hospital. Diante da dificuldade de transporte, me ofereci para levá-lo e assim o fiz. Feliz por ter ajudado, voltei à casa dele com a filha que o levou comigo.


Corri para almoçar e descansar um pouco. Não consegui. Fui direto para o hospital. Algo estranho pairava no ar e a noticia da morte do velhinho veio me abalar. Provavelmente, morrera de choque anafilático. O sorriso dele espelhava doçura, mas provocava o meu pesar, misturado com culpa e responsabilidade, por o ter levado ao hospital.


Fui à casa dele noticiar a tristeza e lamentar o acontecido, pedindo perdão. Foi difícil encarar a situação, mil temores me assaltaram na ocasião, diante de alguns olhares de desaprovação.


Dias mais tarde, sonhei que eu brincava entre as nuvens, navegando em barcos velozes. Vinha chegando e se pondo diante de mim, um velhinho barbado, carregando a bandeira do Divino e cantando esse verso:

"Que o perdão seja sagrado, Que a fé seja infinita Que o homem seja livre, Que a justiça sobreviva, ai, ai."

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Seguindo a vida, em tarde calorenta. viajando de barco por comunidades ribeirinhas, cochilei. Acordei porque porque estava chegando a uma comunidade. O barco encostou à beira de um sítio de mata nova derrubada. Um casal de idosos veio-me receber, com muitas crianças, cantando e carregando a bandeira do Divino, em preparação para a Festa:


"A bandeira acredita Que a semente seja tanta Que essa mesa seja farta, Que essa casa seja santa, ai, ai"


Entardeceu e eu pude contar com a presença do ESPÍRITO SANTO DE DEUS, animando a vida, trazendo a vontade de prosseguir, fazendo o serviço missionário, mas perdoado pelo meu velhinho..

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Nelson José de Castro Peixoto - autor


(*) Tenho a primeira narrativa dessa história no meu livro "O SEGREDO REDENTOR DOS RIOS), Goiânia, Editora Alta Performance, 2021.


2ª Edição acontecerá no mês Missionário de outubro de 2023).


Acrescentarei novas histórias e reviverei momentos inesquecíveis.


Obs. A primeira Edição está esgotada.


Quem desejar a cópia digital dessa 1ª Edição, envie seu e-mail.

 
 
 

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