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O ENCANTO DO CIRCO E O CANTO DO MENINO QUE RIA SEM FIM

  • Foto do escritor: peixotonelson
    peixotonelson
  • 27 de ago. de 2022
  • 2 min de leitura

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Disse-me o menino, lembrando o Circo Arizona quando aportava em Coari e se posicionava para alegrar a população e divertir as crianças. De tempos em tempos, passava na cidade, mais vezes do que em outros lugares. O palhaço, talvez soubesse e tivesse saudades do riso e da gargalhada de um menino pobre, mas feliz em sua candura e entusiasmo.

“O Circo era o que eu mais gostava e que movia meu coração. Eu voava, saía do chão, tudo era fascinação, fazia de tudo para não perder uma sessão".

“Eu, menino que não ficava quieto, naquela temporada recolhia a vontade de chorar, abria a emoção e ficava parecido um espelho, refletindo para todos os lados, a alegria”.


O programa das tardes estava garantido. Mesmo sem dinheiro, mas com a simpatia que ganhava com suas traquinagens, mesmo quando o circo não estava na cidade, vivia da alegria, fazia rir quem o conhecia, leve e moleque, inocente e brincalhão, que todos por ele tinham simpatia.

Ele me confessava que poucas vezes pagou o circo para poder entrar, e se preciso fosse, sabia furar o cercado de lona e estacas, tal como pássaro procurando um ninho. Ficava quieto e empoleirado, comportado, até a entrada do palhaço no picadeiro. Os olhos brilhavam na expectativa, sem dar na vista dos outros que entrara sem pagar. Passou alguns vexames quando dava de cabeça na arquibancada ou na barriga do vigia.

O truque para entrar era assim: os colegas levantavam a lona. O menino mergulhava e corria para dentro do circo, de cabeça baixa. Nesse momento, era a criatura mais quieta, um verdadeiro cisne voador, pousando do ninho sonhado, esperando a alegria começar. Foi numa dessas entradas que quase perdia as penas. Mas valia todo o sacrifício! Onde estivesse o seu coração, estava também o seu tesouro. Aprendeu a amar as coisas simples da vida e desejar a alegria dos céus.


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Cada movimento do palhaço o fazia rir e gargalhar, gritar e vibrar de emoção. Não tinha necessidades grandes para se divertir, porque seu espírito era criativo. Diversão para ele era invenção, não precisando de muita novidade. Os brinquedos de infância eram de sua produção. Fazer os outros rir era sua paixão e seu encanto, tal como fazia o palhaço. O fato é que todos gostavam dele.

Os relatos dos tempos do circo, em Coari, trazem memórias inesquecíveis. Ser do circo é comparável a um baú de aprendizagens, pela simplicidade e pela alegria do Evangelho que o menino experimentou em sua tenra idade e continua a ecoar no avançar dos anos.

Assim aconteceu e marcou sua vida para sempre. Para ser feliz, diz ele: "não precisei de muitas tralhas, bastando ter família ou amigos de fé na vida e sentir a alegria genuína, encontrada nas realidades que sintonizam os corações e criam a sinfonia do riso e das gargalhadas".




 
 
 

1 comentário


Moises Escobar Escobar
Moises Escobar Escobar
27 de ago. de 2022

Lembro-me bem do circo Arizona. O importante é ser feliz consigo é irradiar essa felicidade.

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