MÃOS PARA SERVIR - SINAL DE AMOR - UM APERTO DE DOR.
- peixotonelson
- 5 de ago. de 2023
- 3 min de leitura

Uma história surpreendente em milagre inesperado e não merecido pelo BEM que já se fez ou a fazer.
Era quase o final de almoço em um restaurante famoso de Manaus. Minha amiga "Céu Azul" colocava a última bandeja verde e colorida, cheia de legumes, no elevador do restaurante, que, num vai e vem, levava os pratos dos pedidos apreciados do menu.
Antes de colocar a bandeja, chegara a nutricionista para a inspeção, inclusive do asseio do ambiente. Apesar de tudo estar em ordem, a Céu começou a rezar a "Ave-Maria", costume antigo da vida que reforçava em todas as terças-feiras, na Capela de Maria, do Manaus Plaza Shopping.
Cumprindo sua tarefa de cozinheira, imaginava-se multiplicando os sabores com capricho. Tendo rezado e sem pressa, ao depositar, cuidadosamente, a vasilha de verduras, não sabe bem o que houve. O colega distraído pôs também sua vasilha e acionou o elevador condutor dos pratos que, velozmente, começou a baixar levando as mãos da "do Céu", sem dar o tempo suficiente de retirá-las. Podemos afirmar que a Mãe "Do Céu" veio em socorro da mão da "Céu da terra" para que não perdesse aquelas mãos que tanto serviam, cujas testemunhas sou eu e a pequena comunidade do Rio Mindu.

Milagrosamente, a Céu conseguiu puxar o braço, livrando as mãos, com grande esforço, mas amassando gravemente o punho e lesionando-o, que ficou roxo e inchado, em risco de comprometer os nervos e a circulação sanguínea. Com o seguinte testemunho ela narrou o acontecido:
"Com a graça e a fé grande que Deus me deu, quando meu colega acionou o elevador, minha mão foi junto... Quando estava loucamente pressionada, eu a puxei... Se eu não tivesse puxado a mão, eu estaria sem ela..Mas Deus sabe de tudo e Nossa Senhora também... sabe que com essas mãos eu já ajudei tanta gente... essas mãos são o meu ganha-pão de cada dia.. e eu estava rezando a Ave-Maria e ela não deixou que acontecesse algo mais grave comigo... O nervo cresceu, inchou muito e eu tive que ir para o Pronto Socorro...fiz o raio-x e o médico disse que foi uma lesão muito grave no nervo".
O médico disse ainda que viu algo estranho no osso, mas ela, perguntando se tinha fraturado, respondeu: "Foi um milagre de Deus, porque já chegou aqui uma moça com a mão pendurada e eu tive que amputar. Pode agradecer a Deus que foi um milagre".
A "do Céu" passou essa notícia e eu cedi ao impulso de ir até ela para agradecer. Contou-me ainda que já conseguia mexer os dedos, cura resultante da medicação e da atenção que teve no restaurante. Disse-me que estava sem dores, embora com o punho inchado e sentindo um peso grande nas mãos. "Eu, curada, volto a trabalhar daqui a 5 dias".
A Céu me falou algo que me pôs a pensar, no sentido do nome como refiro-me a ela em seu ambiente de trabalho. Ela faz acontecer o "céu" por onde passa. Seus colegas de trabalho davam a "ficha" de uma colaboradora antiga como aquela que ninguém suporta o humor e faz que, lotados para a cozinha, peçam a conta ou mudem de setor. A Céu aceitou o desafio de transformar aquele ambiente de queixa e revolta em ambiente acolhedor, sobretudo por causa daquela que infernizava a vida daqueles com quem trabalhava. Decidiu conquistar a revoltada com elogios e atenção, apoio e respeito, conseguindo reverter o jeito defensivo da colega. A Céu reforçou sua crença de que gentileza gera gentileza e, ao mesmo tempo, ameniza quem reage jogando pedra, por hábito de defesa, de quem se aproxima dela. Depois deste relato, ela já foi me contando acerca de uma idosa que vive num quartinho minúsculo, de chão batido, apresentando-nos a oportunidade de santificar nossas mãos que servem e o nosso coração que se compadece!

Nossa comunidade de Maria, da Capela, anexa ao Plaza, está na fidelidade do acolhimento a todos que conosco descobrem a felicidade de servir e de viver com gratidão!
(NP)











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