MARIA DAS GRAÇAS - SAÚDE E VITÓRIA - O SINAL DA CURA

Duas mulheres desciam o batente da casa para posicionar-se dentro da garagem da casa em ampliação. Nós as saudamos e puxamos uma prosa para ouvir um testemunho da bondade de Deus.

Daquele momento em diante, mãe e filha seriam nossos novos amigos. Um cãozinho preto, de couro macio, fez-nos perguntar pelo nome dele. Era o "duque", companhia alegre e terna, naquela casa, que guardava um milagre. A Maria quis contar e testemunhar para nós, como gesto de gratidão a Deus.

"ELE me ressuscitou 30 vezes". Assim, sua história que ocorreu a dois anos atrás. Uma dor de cabeça constante levou-a a procurar o médico, cujos exames revelaram um tumor no cérebro, exigindo uma cirurgia urgente. Triste notícia, temor como suspeita de um tumor. Mas a confiança alegre não saía do coração e das preces de sua Igreja.

No dia marcado, a cirurgia acontecia. Crânio aberto, tumor sendo extraído, mas a pressão arterial fez inundar seu cérebro de sangue e 30 paradas cardíacas correspondiam a exatas 30 "ressuscitações" bem sucedidas, milagrosamente. Maria contava ainda que não sentia dor, mas percebia os movimentos drásticos para bombear o coração, ouvindo tudo que os médicos diziam. "Agora ela morreu" - "ressuscitou" - assim várias vezes - "agora não volta mais". Ela, no íntimo de seu coração, suplicava: "meu Deus não me deixe morrer, ainda tenho muito a realizar e te testemunhar".

Tinha visões de anjos que afirmavam que não iria morrer. Eles rezavam com ela o Salmo 123. 1-2s.

"A ti levanto os meus olhos, ó tu que habitas nos céus. Assim como os olhos dos servos atentam para as mãos dos seus senhores, e os olhos da serva para as mãos de sua senhora, assim os nossos olhos atentam para o SENHOR nosso Deus, até que tenha piedade de nós".

A serenidade ao contar esse fato nos fazia perplexos e nos provocava a dar graças junto dela e de sua mãe que ali estava, como estava Maria de Nazaré aos pés da Cruz de Jesus. Nosso espanto foi maior quando contou que os médicos precisaram aumentar o tamanho da abertura do crânio, pois com a pressão da carga elétrica de 320 volts para que o coração voltasse a bater, fez que seu cérebro viesse para fora, "como que caindo no chão". Para recolocar precisavam aumentar o tamanho do corte do crânio.

Maria ouvia os comentários dos médicos: "vai ficar com sequelas, se não morrer". Durante a cirurgia, por incrível que seja, Maria não deixou de pensar e de considerar que podia ficar "vegetando" e continuar a viver, mas sem algumas de funções cerebrais. Nem falar e nem ouvir, talvez nem pensar e agradecer o milagre da vida que faz questão de contar. O cérebro foi recolocado no crânio e a vida venceu a morte. Faltava ainda o pós-tratamento para garantir que o câncer não retornasse.

Num certo momento da conversa, pediu para que meu colega tocasse no lugar de sua cabeça que não tinha osso para sentir a fragilidade e contar-nos como seria os procedimentos seguintes, inclusive pôr uma cartilagem, a ser retirada da perna, e fazer uma canalização para evitar as convulsões.

Lembrei-me de Jesus, após sua Ressurreição em seu encontro com Tomé: "Coloca o teu dedo aqui; vê as minhas mãos. Estende tua mão e coloca-a no meu lado. Agora não sejas um incrédulo, mas crê (Jo. 20, 27).

Deus Pai opera maravilhas sem merecimento algum de nossa parte, unicamente porque nos ama em seu desígnio insondável. Mara sabe disso e exclama ao Senhor como a oração de Maria, Mãe de JESUS ao saber do chamado do Anjo o Gabriel e de sua resposta, para ser a Mãe do Redentor.

Maria, hoje, com toda a Igreja Batista, pode proclamar: " O Senhor fez em mim maravilhas, Santo é o Seu nome".

A vida, a cada dia, traz suas surpresas em forma de bênção. Maria ainda conta que vai fazer outra cirurgia na cabeça para evitar que se crie o líquido no crânio e não haja pressão sobre o cérebro. Mas para tal novos milagres aconteceram. "Grande é o nosso Deus, em amor e compaixão, nunca faltando perdão para dar e receber".

(NP)