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HERANÇA, MEMÓRIA E DIFERENÇA.

  • Foto do escritor: peixotonelson
    peixotonelson
  • 18 de jun. de 2022
  • 3 min de leitura

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Ao ouvir pontos de vistas diferentes, logo nos estranhamos. Fazemos barulho, como cristais ao vento chamando a reconciliação, mas impossível de acontecer. Fácil é quebrar quando, por um dogmatismo sem razão cordial, preferimos ferir os discordantes.


Diante do que os olhos captam e colocam em palavras, quer seja individualmente ou corporativamente, vem-nos a tentação de forçar a unanimidade. Quando assim, esquecemos quem somos, por onde caminhamos juntos como humanidade, e não consideramos as primeiras águas que bebemos na fonte originária da existência herdada para uma vida de paz . Enfim, perdemos o calor dos ombros daqueles que deram os primeiros passos na caminhada da mesma fé e da vida conosco.

Talvez, a cegueira nos acertou ou um Alzheimer tenha chegado e roubado nossa memória afetiva. Só nos vemos obcecados pelas DIFERENÇAS, desejando ver nos outros o que enxergamos dentro de nós, naquele momento discordante, cujo contexto aflige a todos, mas ocupando cada na luta para salvar sua pele ou sua razão.

Assim, nossas redes sociais funcionam à base das diferenças, da colonização de um modo de pensar único que queremos impor. Lamentos, contradições, insultos, contestações, lacrações e fechamentos dos corações. E assim vão os novos dias, abrindo um fosso, entre quem somos, o que herdamos da nossa história, e trocando o que nos unia por aquilo que nos separa. As polarizações estão à serviço das guerras ideológicas e entram na cultura como contestação à complexidade real das coisas e dos fatos. Um retorno ao dogmatismo que compete dentro do paradigma binário, como se tivesse, apenas duas formas de ser para tudo que conhecemos: cru ou cozido, quente ou frio, esquerda e direita, tradicional e conservador. Além do mais, instituindo-nos com certo embasamento filosófico e científico exagerado ou negado, por cada um dos lados da "guerra". Adeus, complexidade, dialética, diálogo e consensos, começando a valer, destruição, liquidação, rejeição e mutua negação! Nesse padrão de pensamento com atitudes e comportamentos radicais e antagônicos, nós deixamos os campos e as varandas da paz para entrar no mundo minado de divisões que ferrem a todos e apagam nossa história e esquecem que a herança maior é a nossa Humanidade em CRISTO JESUS.


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Seguir a Verdade de Jesus, não apenas pelo que falou e cremos, pela verdade revelada nos gestos que operou, sem medo de sermos acusados de "comunistas" por segui-Lo. A prática de Jesus, que seus discípulos creem, não tem nada de ideologia, no sentido que ouvimos em algumas pregações, inclusive de padres e pastores.

Lendo a parábola do joio e do trigo, não precisamos antagonizar um contra o outro. … "o Senhor quer que a gente arranque o joio? Respondeu Ele que não, porque quando vocês forem tirar o joio, poderão arrancar também o trigo, deixem o joio e o trigo crescerem juntos até o tempo da colheita”. ... (Mateus 13:28-30). O tempo da colheita será de contínuo discernimento.

Ciscar o chão e plainar as alturas são formas de conhecer que se completam. Podemos a qualquer momento quebrar as asas, e do chão duro aprender a voar levemente. Segundo o mito que não está na Bíblia (apócrifo), os demônios já foram anjos. Mito que serve para explicar que o paraíso está distante e em construção, porque há forças impeditivas para a construção da humanidade pensada e querida por Deus Pai.

A Igreja cristã chama de "Estado de Graça" e Jesus chamou de Reino de Deus, de acordo com as Bem-aventuranças! Sonhamos com um mundo dos dos sonhos proféticos, da imagem da criança brincando no buraco da serpente, sem sentir-se ameaçada. (Isaias 11,8).




 
 
 

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