GRAÇA, RISO E CURA DO CORAÇÃO PREPARANDO-NOS PARA O NATAL.
- peixotonelson
- 17 de dez. de 2022
- 2 min de leitura
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Em frente da mesa, estavam posicionados os idosos cadeirantes, homens e mulheres. Uns mais, outros menos dependente, prontos para conversar, mas suas máscaras protetoras impediam o sorriso e a graça que podiam nos transmitir.
Havia pureza nos olhares a escutar a passagem do Evangelho de Jesus, direcionadas para os falsários fariseus que criticavam Jesus por não se apegar e nem fundamentar a vida nas leis de segregação e da purificação exterior. Jesus sabia, na ocasião, que o lugar da desgraça e da exclusão, por mero formalismo ou equívoco, acontecia na vida dos pobres sem pão e sem carinho fraterno. "...limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades" (Mt 23,25). Jesus estava à mesa e sentia falta daqueles que nunca iam sentar, porque não cumpriam o ordenamento detalhado da lei. Identificava e proclamava que é na pureza interior que está a essência motriz do amor efetivo. Sem essa pureza, o dinamismo do amor libertador não acontece. Aos que não permitem os famintos sentar à mesa da vida, por mero formalismo religioso, Jesus chama de insensatos e dá a regra da caridade que salva e não descrimina. Vai à fonte dos afetos, não se prende aos gestos que se repetem sem a vigilância do coração.
Na semana de N. Sra. Aparecida, repetíamos a prece, que introduzia a celebração da Ceia de Jesus (Missa): " que tua graça se antecipe em nós e nos acompanhe para que estejamos atentos ao bem que devemos fazer." O alerta de Jesus transforma-se em prece confiante de que a Graça do Pai é o Amor que cura e não o escudo que nos arma e defende, quando nos prendemos as normas que levam à exclusão. Em vez da liberdade do Espírito, o apego à lei e à soberba levam ao desprezo, juízo e a condenação dos outros.

Os idosos estavam ali rezando comigo, cobertos pelo carinho da Mãe de Jesus. Um deles, ainda no corredor, disse-me que não ia porque rezava em seu coração e no interior de seu alojamento. Certo estou que é verdade. Mesmo assim, completei:
"A missa, que é a mais bela prece de gratidão, é a oração de Jesus ao Pai que nos leva junto para que a vida pulse em nós e dê a ESPERANÇA. É quando entramos em seu coração que fazemos a melhor oração e nos apoiamos como irmãos na idade avançada".
Curados e agraciados profusamente pela vida que Jesus nos dá, rimos confiantes porque o Pai quer a todos sentados à mesa e atentos ao bem que faremos aos vulneráveis do mundo. Amém!











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