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AS PALMEIRAS E OS NINHOS NO PENSAMENTO ABREM OS OLHOS.

  • Foto do escritor: peixotonelson
    peixotonelson
  • 22 de abr. de 2023
  • 2 min de leitura

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Escrevo sobre o encanto das palmeiras. Tem um trio delas na minha porta, cujas copas olham para mim, sobretudo quando sento para rezar desenhando letras que me chegam do coração. Três tamanhos diferentes, mas, segundo me parece, estão competindo. Na verdade, uma sombreia a outra e se abraçam como apaixonadas figuras esbeltas chamando atenção dos transeuntes.

Não as vejo chamando os passarinhos para pousar no amanhecer ou no pôr do sol. Permitem ninhos para pássaros atrevidos. Pousam, cantam e se unem comigo em oração; alimentam-se de insetos, velhos moradores.


Transformaram as palmeiras em celeiros para nutrir seus filhotes e para refletirmos. Para armar seus ninhos, arrancam as fibras da própria palmeira, que balançam quanto o vento passa. Com arte instintiva, trançam o abrigo dos ovos nas chuvas como teste, antes de nascerem seus filhotes. Palmeiras que dão pouca sombra na rua para os passantes catadores de latinhas, que salvam a barriga da fome..

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E daí segue a geração dos pensamentos como chamariz de pequenos gestos de ajuda. Se ainda tivemos o coração quente, o egoísmo não cega e podemos olhar além de nós mesmos.

Saramago, em "Ensaio sobre a Cegueira" (1995), ajuda-nos a entender que as "epidemias culturais" são aquelas que toda a realidade dos fatos fica contagiada por um tipo de cegueira que faz tudo ser do mesmo jeito, paralisando-nos nos discursos preconceituosos acerca dos pobres, vítimas de visceral preguiça.

Esta cegueira, escreve Saramago, é uniforme. Com o branco dos olhos, vemos o mundo como um hospital sem hospitalidade, um pós-guerra de feridos porque não se armaram para ficar do lado dos vencedores. Apenas uma mulher como "anjo de cura" conserva a real visão das cores.


Olhando a COVID-19 pelo retrovisor do caminho que seguiu em frente, entendemos como o contágio se propagou e quase matou a esperança. Por outro lado, floresceu a solidariedade para uma nova compreensão da realidade da pobreza deste mundo ferido.

Olhar o mundo com novos olhos, limpar os ciscos do impedimento mental, ouvir a afirmativa sábia: "Salvamos a Terra cuidando dos excluídos ou perecemos com eles". Dia 22 de Abril - Dia do Planeta Terra. "Cuidar de gente é cuidar da saúde de todos nós". (NP)

 
 
 

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