O MELHOR ESTILO DE VIVER- RECUPERAR E VOLTAR A JESUS.

"Sem mim, nada podeis fazer" (João, 25,5!).

Nem doutrinar, nem tampouco usar da razão para convencer ou dobrar o coração. Voltamos a entender que crer é cor+dare do latim "credere" = dar o coração..

Quando dizemos "VOLTAR AO ESTILO DE JESUS", estamos falando do seu jeito de estar com as pessoas ao encontrá-las, ao seu modo de entender e observar a CRIAÇÃO E O MUNDO FERIDO com os padecimentos de sua gente. Também, dizemos como forma de compreender SUA ENCARNAÇÃO HUMANA E SUA IDENTIFICAÇÃO com as pessoas que sofrem.

Quando dizemos "doutrina", olhamos negativamente, mas não existe o contato vivo com Jesus, não bastando saber dele pelos enunciados de segunda mão. Sem o encontro pessoal com Jesus, quando muito, nos fazemos adeptos do consumo devocional ou do ritualismo por medo ou negociação. Longe disso!

Sem Jesus, a doutrina não convencerá, nem nos moverá para seu projeto da vida. Com Ele, tudo que faremos será movido para o resultado querido pelo seu Pai: o REINO DE DEUS e SUA JUSTIÇA..

Imagine uma família, uma profissão ou uma paróquia que não tenham no horizonte estar a serviço da construção do Reino de Deus e sua Justiça! Para quase nada servirá a não repetir fórmulas.

Doutrina demais e devoções exageradas sem o estilo de viver, orar e agir de Jesus, pouco servem. Sem centrar a vida nEle, escurecemos as ações transformadoras do Reino, esquecendo que elas são tão fortes nos sacramentos de sua presença amorosa. Infelizmente, nem sempre é o que acontece, tal como Jesus praticava seus sinais libertadores: sinais de justiça, de denúncia, de compaixão, de perdão, de curas e de acolhida.

UMA CONFISSÃO

Desde o início do ano de 2022, que estamos retomando a atuação laica em uma paróquia, de forma bem explícita. Não me parece retornar, omitindo a dimensão profética do Batismo para afirmar como Deus quer o mundo, sem miséria e sem exclusão. Daí, precisamos nos reposicionar: RENOVAR A PARÓQUIA E INVESTIR NA RECUPERAÇÃO DE JESUS, ATRAVÉS DO CONTATO VIVO DO EVANGELHO DO REINO, obsessão que levou Jesus à Morte contra as forças opressoras do império romano e a religião judaica, fanatizada e fundamentalista.

Tenho estudado os conteúdos do livro de José Antônio Pagola "Recuperar o Projeto de Jesus", Vozes, 2019, pretendo pôr em prática o que aprendo, em diálogo com meus colegas que são missionários leigos redentoristas.

1. Não precisamos tomar o lugar dos padres, nem entrar, no estilo doutrinário e clericalista combatido pelo Papa Francisco;

2. Estaremos mais desimpedidos para anunciar o estilo de viver de Jesus e nos fixar no horizonte da construção do Reino em tudo que fazemos;

3. Do mesmo modo, podemos com liberdade, contribuir com a renovação das Paróquias tornando-as mais, redes de comunidades, do que fragmentos pastorais de concorrências, seja lá, vivendo e celebrando nosso sacerdócio do batismo, atualizando a Memória Viva de Jesus.

No Evangelii Nuntiandi n⁰ 12, o Papa Francisco escreve:

"Sempre que procurarmos voltar à fonte e recuperar o frescor original do Evangelho, despontam novos caminhos, métodos criativos, outras formas de expressão, sinais mais eloquentes, cheios de renovado significado".

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