A CHUVA DE BÊNÇÃOS MANIFESTA O CLARÃO DA PAZ NO ROSTO DE MÃE.

O PRIMEIRO DIA DE 2022 foi de muita chuva. Os dois patinhos a mais de 2020 (22) não se afogaram e nem perderam a esperança. Nadar e flutuar contra a correnteza de enxurradas. Céu nevoado de pingos fechando o alcance do olhar. A sonora e molhada melodia queria provocar a apatia que nada tinha a ver com o Dia da Paz e da Solenidade de MARIA, MÃE DE DEUS.

Amanhecia e molharia quem se aventurasse caminhar e anunciar o fim da noite, a chegada da Aurora, a Santa Mãe de Deus, nossa grande Benção. Tornamo-nos filhos abençoados, iluminados e com o rosto colado ao de Jesus e de sua Mãe. Fechava o tempo fora, mas abria dentro de nós, filhos de mulher, o arco-íris das múltiplas significações dos sinais amorosos de Deus nos gestos antecipados de Jesus. Linguagem de Deus na humanidade era a Imaculada Maternidade de Maria na qual participamos como o Maior Dom que Deus nos concedia. Imaginemos o manto molhado de Maria, o sereno da noite do nascimento do Filho de Deus. Chuva do primeiro dia do ano e sereno no novo dia da Criação! Tudo benção e salvação!

O rosto do Senhor se mostrou no sorriso e na disponibilidade de Maria. Face brilhante carregando nos braços a graça, voltada para todos, sem exceção e sem merecimento de nossa parte. Tudo de Graça para sermos Benção para os outros.

O clarão cortava a névoa, penetrava nas entranhas da vida e da natureza. Plena EPIFANIA, Manifestação do Amor de Deus a todos os povos, culturas, religiões, constituindo a Glória resplandecente do Universo, aninhada em cada coração como desejo infinito de Deus.

Guiados pela busca contemplam no céu a estrela guia, o Astro luminoso que encontram no presépio! A ordem do amor e da benção no mundo seriam perenes. Entretanto, haveria o risco do "desAstro" ou desastre se não houvesse o reconhecimento de Jesus como a Luz do Mundo. Sem entrar na órbita da fraternidade, a PAZ não será possível e o caos da violência atrasaria a completude do Reino.

Como o tempo não é parâmetro para o Mistério de Deus se manifestar, Jesus não esqueceu de afirmar nossa identidade para o mundo encontrar a Paz e não sofrer de escuridão, sem o Astro guiando nosso destino final e não o desastre fatal: "Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”. (Mt. 5, 14-16) (NP - Primeiros dias de janeiro de 2022)