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A BELEZA TRANSBORDANTE DO MINDU - MEU E TEU IGARAPÉ.

  • Foto do escritor: peixotonelson
    peixotonelson
  • 11 de set. de 2021
  • 2 min de leitura

Banhados nas águas do Mindu e batizados com suas límpidas gotas, vivemos bons dias de vida acadêmica e recreativa, comunitária e original, na juventude. Estão no seu caminho as ruinas do balneário do Parque 10 e tantos outros que nos dão saudades.

Em 2013, enfim consegui chegar ao nascedouro do rio Mindu, que em Manaus chamamos de igarapé.

A diferença entre as duas formas de dizer a corrente de águas, se completam. De grande ou pequeno volume, importa saber que igara", significa "canoa"; "pé", significa "caminho" que juntos é o "caminho da canoa" ou seja, um pequeno rio que não cessa de correr como o tempo na nossa vida, descobrindo o que fazer para torná-la mais suportável e humana para todos. Nos primeiros tempos, o Mindu era poesia, com prainhas nas curvas, trapézios nas árvores tombadas sobre ele, com uma gruta, dentro do véu de água onde me escondia para ler. O lugar assim chamava-se "Pedreiras", tal a contribuição que deu para a construção civil dos anos 50 e 60, em Manaus. Quase certo , estou a afirmar que a cachoeira das Pedreiras que eu conheci foi devido explosões das lajes de pedra para construção de casas , que hoje faltam para muitos que vivem à beira de seu leito.


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Hoje, o Mindu é um rio perdido que afoga casas e sonhos, mas ainda é, em sua passagem, lugar preferido e possível para os sem-moradia. Os ribeirinhos dessa corrente de águas, agora poluídas, não param de sonhar. Conheço um pouco essa beirada. Por ela, caminho e, ainda , desconfiado saúdo com simplicidade. Já cruzei o rio, por uma ponte antiga, e descobri as curvas do rio e sua corredeira em tempos de chuva. Crianças pulam na água e brincam sem se importar com os vírus. Parecem ter fé inabalável, quando pulam nas águas.

Esse gesto evoca a confiança de quem se joga no mar sem limites do Amor de Deus. Aqui no Mindu, é diversão e aventura, temeridade e distância dos seus protetores. Só Deus para livrá-los da boca dos jacarezinhos.

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É um transbordamento poluído, mas não impossível de transformá-lo em águas límpidas. Estão aí as tecnologias possíveis e de baixo custo. Alto seria cultivar o cuidado de não jogar resíduos sólidos no rio, por conta da pobreza desesperadora e deficiência pontual do serviço de limpeza pública.

Reduzir a pobreza, lutar para que o rio dos direitos chegue para cada pessoa. Nesses termos, a despoluição por tecnologia, usa a própria natureza, através de raízes de plantas que fazem filtragem. A própria natureza remediando o estrago feito pelo ser humano.


O mais importante é despoluir nossas vidas da centralidade do EU, que se isola da real preocupação dos despossuídos . Para eles , deve correr a justiça como o rio, lembrando o profeta Amós:

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Vamos gastar a vida abastecendo a torrente da solidariedade. A Copiosa Redenção que nos encherá de Esperanças! Hoje, uma dupla, amanhã um trio e daqui uns anos uma multidão cuidando das águas e se unindo para salvar a vida que está dentro do rio e morando sofridamente em suas margens. (NP)

 
 
 

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